11 agosto 2010

Sebas(tian) - Edith Piaf "Non, Je ne regrette rien"

Eu conheci(sentido biblico)o Sebastian no Labyrinto. Naquela noite, vejo um gajo careca, com 1,83, corpo de ginásio(todo definido) e com uns olhos verdes, de gato mesmo...

Ao principio, nunca pensei que ele me ligasse alguma. Um gajo podre de bom e com todos aqueles gajos, atrás dele. Nunca pensei que tivesse alguma oportunidade com aquele deus...

Depois de uma troca de olhares, fui atrás dele atrás um quarto. Entrámos e o rapaz fechou a porta. Beijámo-nos loucamente, as mãos dele passavam pelo corpo, como se já alguma vez estivessemos estado juntos.

Quando os nossos corpos se conheceram no sentido biblico, entraram numa sintonia por completo. Naquela noite, fizemos três vezes amor. Os nossos corpos estavam completamente encharcados em água e nenhum de nós se queria ir embora.

Acabámos por ser convidados pelo empregado a informar que já passava da hora, e que tinhamos de ir embora e assim foi. Fomos para o hotel onde ele estava hospedado.

Fiquei a saber que ele vivia entre Toronto(Canadá) e Paris(Paris de França). Era filho de pai português(Madeira) e de mãe espanhola(Badajoz).

Trabalha como técnico de turismo num operador de turismo.

Foram 15 dias muito intensos. Estivemos esse tempo todo, sempre juntos (24 horas). Realmente um novo amor, faz-nos esquecer um amor antigo. Durante todo esse tempo, nunca pensei uma só vez no Ruben.

Nesses dias, chegava tarde e saía cedo do trabalho. Fomos beber café a Obidos(adoro aquela terra), fomos almoçar a Évora, Borba, e passámos para o lado espanhol.

Por vezes, o tema era sobre a possibilidade de eu mandar tudo para trás e irmos viver juntos. Inicialmente em Paris e depois irmos para Toronto. Ao ínicio achei conversa para boi dormir...

Tinha-o conhecido no Labyrinto e não sabiamos nada um do outro. Ambos não tinhamos referências, e que garantias havia de que íamos gostar de estar um com o outro?

Começei a ponderar a hipótese de me ir embora. Emigrar! Porque não? Não existe e continua a não existir nada que me segure nesta terra.

Um dia, de manhão ao pequeno almoço:

Sebas: - Tenho que ir a Paris, mas há hora de jantar. Já cá estarei...

Levei-o ao aeroporto e aproveitei para ligar à Flor, ao Gaspar, à Margarida e à Teresa. Como estão todos ligados a coisas esotéricas e todos deram a mesma resposta:

- Francisco! Aproveita essa oportunidade...

4 pessoas a opinarem da mesma forma e que não se conhecem pessoalmente...

Decidi mudar a minha vida. À noite, fui buscar o Sebas ao aeroporto e fomos jantar à pizaria ao lado do Bica do Sapato e passámos mais uns dias completamente apaixonados.

Houve uma noite de Domingo em que eu e o Joseph fomos ao 106(festa da mensagem), qual o meu espanto quando vejo o Sebas a entrar acompanhado com um homem dos seus 60 anos e mais um casal amigo. Ele olha para mim e ignora-me, era como se nunca me tivesse visto/conhecido...

Fui à casa de banho, não sabia e também não queria contar ao Joseph, quem era o Sebastiam. Enquanto esperava para que uma das casas de banho, ficasse desocupada, aparece-me o Sebastian por trás:

Sebastian: - Desculpa, mas pensei que também tinhas uma vida dupla...

Só me recordo deste filme com o George Clooney "O vazio de uma vida nas nuvens"...

4 comentários:

João Roque disse...

Francisco
com a experiência toda que tens de locais de engate, ainda acreditas no Pai Natal?
Não sei, nunca fui ao Labyrinto, há anos que não vou a uma sauna e o único local de engate(?) que conheço é o da A5, mas o que conheço por experiência passada chega para saber que uma boa queca ou até uma simples brincadeira, nada têm a ver com sentimentos afectivos: é puro sexo, e nada mais...

Francisco disse...

Obrigado pela tua visita diária, aqui ao meu canto.

É verdade, que já deixei de acreditar no Pai Natal, já faz muito tempo...

Mas também é verdade, que não existem amigos em comum e qualquer lugar é válido para conhecer pessoas...

As pessoas deveriam ser directas e assertivas no que querem, porque afinal estamos todos ali para o mesmo...

Abraço

Anónimo disse...

enfim...terror... estou à horas a ler e cada vez mais acredito que ser gay, é ser uma pobre alma infeliz... devia virar hetero

Francisco disse...

Miguel

Abraço