03 julho 2010

Jantar em casa do Ruben

Não soube nada do Ruben nos dias seguintes, pois não atendia as minhas chamadas e nem tão pouco respondia aos meus sms.

Pensei que tivesse acabado e que tudo aquilo que tinha existido entre nós não tenha passado, apenas de um sonho.

Na quarta-feira de manhã ligou-me com uma voz super meiguinha, deixou-me sem palavras.

Eu: - Ainda te lembras de mim?

Ruben: Não sejas tonto, tive tantas saudades tuas. Queres ir jantar lá a casa? E podemos dormir juntos se quiseres.

Quando cheguei a casa dele, tudo estava preparado e com muito estilo. Fui recebido com um flut de champanhe onde tinha um morango. O jantar foi bacalhau espiritual, acompanhado por um bom vinho branco fresco de Borba.

A conversa foi muito animada, não havia momentos de silêncio e dava a impressão que o tempo tinha parado.

Ruben levantou-se, veio ter comigo, pegou na minha mão e deu-me um beijo e levou-me para o sofá. Beijámo-nos até que as nossas roupas estavam todas espalhadas pelo chão. Ali estavamos nós os dois como viemos ao mundo nos braços um do outro.
Sentia o meu coração e o dele quase a esplodirem, eu e ele eramos só suor. Ali estava todo o nosso amor/paixão e ninguém o podia negar. Ruben só dizia que me desejava cada vez mais e mais...

Durante a noite, acordo com uma campainha a tocar e o barulho de alguém a bater à porta. Não dei muita importância pois não conhecia o toque da campainha. lol

Não demorou muito tempo, para além do barulho da campainha, do quase deitarem uma porta quase abaixo, quando começei a ouvir o nome Ruben....

Não queria acreditar no que se estava a passar, sei que o Ruben foi abrir a porta, e ao faze-lo só ouvi: - Puta, já tens um gajo na cama. Quem é ele? Eu conheço-o?

Ruben: Não conheces e vai-te embora, falamos amanhã

Eu, ali deitado. Só pensava no que estava a passar-se e a pedir que o outro não entrasse, pois já tinha visto aquele filme, há ja alguns anos atrás, quando o mesmo aconteceu comigo. Só mudam os nomes e as moradas. As histórias com mais ou menos uma virgula são todas iguais.

De repente acende-se uma luz, e vejo a cara do pobre rapaz a olhar para mim. A minha cara deveria ser de compaixão. Afinal eu não tinha culpa, eu para ali estar, alguém teve que me abrir a porta.

O rapaz fecha a porta do quarto, os gritos acabaram e só oiço a porta da rua a fechar-se. O Ruben volta para a cama, abraça-me e apenas me segreda ao ouvido:
- Desculpa...

Antes de adormecer, dei comigo a pensar que o universo quando quer que saibamos alguma coisa, apenas nos coloca no local certo. Se somos capazes de ver/ouvir e/ou sentir, já é algo que depende de pessoa para pessoa.
Eu não sei se deveria ter pena do rapaz, afinal eu estava ali na cama com o (ex)namorado dele. E eu amava ou amo aquele com estou na cama.

Será que estou a ver o que me poderá acontecer daqui a uns anos, se eu passar a ser o oficial?

2 comentários:

Anónimo disse...

mas o Ruben foi o teu primeiro....???

E onde é que ele tá agora?

E já agora: alguma vez conheceste gente sem ser por sites ou bares ou sítios próprios para encontros, tipo ao «natural»??

Francisco disse...

Fernando,

Estás bem? Leste bem?

Lê melhor este canto, aqui encontras tudo o que perguntas :)